sábado, 26 de junho de 2010

Projecto 23 - Semana I








Ao chegar a casa depois de uma noitada de conversa e álcool reparo num aglomerado estranho de folhas presas debaixo da porta do meu apartamento. Apenas presas com uma corda meia larga noto automaticamente na escrita torta e sujidade que as folhas têm. Ignoro o resto das cartas de contas e entro dentro de casa. Que raio é isto afinal?

Fecho a porta com pé e caminho até ao sofá deitando-me para esticar as pernas. Deus… que dores…

De barriga para cima tiro a corda que prendem mal as folhas e vou folheando-as aleatoriamente. Até que me cai um post-it meio dobrado no colo.
Abro e leio – “Para quem estiver interessado em ler.” – Bolas, isto é estranho.

Porque deixaram isto aqui para mim? Terá sido engano? Afinal não sou escritor nenhum. Conheço dois escritores, o Miguel e o Daniel, mas eu não o sou. Bem, para ser sincero acho que eles são mais pseudo escritores do que outra coisa… eles que se fodam.



Olho novamente para as folhas e algo me prende na primeira frase,




- O meu nome é aquele que tu quiseres que seja. Tenho 13 anos e vivo há mais de 4 na rua, por isso, se és daqueles que logo de inicio não se vai acreditar nas minhas palavras, pensar que isto é tudo uma treta ou que o que vou contar nunca aconteceria na tua cidade, pensa novamente e acorda para o mundo que te rodeia. É só olhares pela janela.

Sim, sei escrever e vivo na rua. Que fascinante, não é? É tão fascinante para mim como universitários formados escreverem muito pior do que eu.


Eu, apenas uma merda de miúda da rua.


Limpo os vidros dos vossos carros com água e sabão. Tento fazer de conta que vos ajudo a estacionar carro, á procura de uma moeda para comer quando a fome de comida é maior do que a fome de droga, mas, acima de tudo tento roubar tudo que posso.


Pensem nisto e tentar interiorizar por favor, eu… tenho… treze… anos. Não perceberam? Ok. Eu explico melhor. Aos nove anos a minha mãe já ia no seu décimo terceiro e muitos namorados desde que o meu Pai nos deixou, e, esse novo namorado entrou no meu quarto uma certa noite excitado por causa do meu cabelo loiro. Imaginem o resto se já tiverem visto os C.S.I suficientes. No dia seguinte a chorar , contei à minha mãe o que tinha acontecido e ela, como resposta, chamou-me de cabra mentirosa e pôs-me na rua. Bati na porta e pedi desculpa por algo que não tinha culpa nenhuma. Mesmo assim aquela porta não se abriu.
Virei-me para a estrada apenas com a roupa no corpo e segui. Nem sei por quantas horas é que caminhei junto da berma. Os carros apitavam, as luzes cegavam-me. Todos me viam e ninguém me via.

Eventualmente, um camião parou e perguntou-me se eu queria boleia. Como forma de pagamento pela boleia tive que lhe fazer coisas até ele me atirar pela porta fora. Já cansado da minha companhia, suponho.
Não conhecia o sítio onde ele me deixou, nem qual o nome da cidade e demorei umas horas até o descobrir.
Passei os dois dias seguintes agachada e encostada a um balde do lixo abandonado numa rua menos visitada. Olhos passavam por mim, mas nenhum se aproximou. Já quase a morrer de fome ganhei coragem para me levantar e procurar por algo. Vi logo o café do outro lado da rua e reparei no resto de bolo com pedaços de morango que se encontrava num dos pratos à espera de ser levantado pelo empregado. Corri, peguei nele e corri novamente. Corri como nunca antes tinha corrido. Imaginei os empregados do café todos atrás de mim a tentarem apanhar-me, mas quando, finalmente, tive coragem de olhar para trás não havia ninguém. Estava sozinha.


Era verde. Era medrosa. Estava perdida e não tinha ninguém. Assim foram os meus primeiros dias na rua, mas, esses dias transformaram-se em semanas ou até meses e eu fui aprendendo os cantos à casa.


Já conhecia rapazes e raparigas como eu. Uns mais velhos, outros mais novos. Todos iguais. Vendiam droga, roubavam e muitos, com quem não me metia, eram capazes de matar.


Com o tempo também deixei de andar sozinha para ter companhia todo o dia. Eram a minha família. Eram quem me protegia e eu estava com eles para sempre.
Lembro-me de olharmos para vocês, sentados no chão, a pedir esmolas e sentirmos apenas nojo. Nojo por terem a vida que tem. Por nunca estarem contentes. Por não terem o suficiente e ficarem felizes. Só discutem cara a cara ou pelo telemóvel. Dizem mal, cospem mesmo para o nosso lado e nem reparam que estamos lá sentados. Vocês não nos vêem mas nós sabemos a vossa vida toda. Sabemos a que horas chegam com o carro, a que horas passam nas nossas ruas e a que horas entram e deixam o trabalho.


O meu pai deixou-me. A minha mãe expulsou-me. Não tenho mais família. Quem vai sentir a minha falta quando eu me for?


A minha família de rua? Não. Nunca eles.




Escrevi estas palavras e meti isto debaixo da tua porta ainda não sei bem porquê. Talvez porque preciso que alguém me ouça ou que me ajude. Que me ajude não, que eu não preciso de ajuda. Que me ouça. Sim, é isso. Não peço mais nada.



A minha família da rua não percebe porque é que eu passo tanto tempo a escrever, mas acredito que é a única coisa que me vai mantendo agarrada a este mundo. A escrever posso gritar, chorar sem ninguém ver, matar e comer tudo o que me apetecer. Consegues compreender isso pelo menos?


Não quero morrer na rua. Por favor, ajuda-me.


Consegues ouvir-me? Esta aí alguém? -





Paro de ler e fico a olhar parvo para as folhas. Folheio-as novamente e tento perceber o que significa isto tudo. Penso na rua. Na miúda que me pediu uns trocos hoje de manha enquanto saia do carro que eu dei só para a afastar… lembro-me de reparar o quanto ela era nova e como tinha um bonito cabelo… loiro…


Levanto-me com um salto e corro até à janela. Vejo a mesma miúda a olhar para mim da rua. O seu cabelo a esvoaçar que lhe tapa as orelhas e os seus olhos castanhos que me atravessam de um lado ao outro. Como olham directamente para mim.


Ela foge e eu tento gritar algo mas assusto-me com a quantidade de uma espécie de sombras azuis que a perseguem. Parecem…. Almas… almas de crianças… com roupas tortas, rasgadas e largas elas gritam na minha cabeça. Gritam na minha direcção.




Consegues ouvir-me? Esta ai alguém?










Texto por.: Daniel Lopes aka GoDsHanD
Imagem por.: Desconhecido - Street Kids



BTW.: O valor nunca é certo e correcto mas acredita-se que vivam na rua entre 100 a 150 milhoões crianças na rua. Só nos Estados Unidos o número ronda o 1 milhão.








Como podem reparar o titulo deste texto esta de algum modo estranho. Isso acontece por causa de um novo projecto que começa hoje. O Projecto vai correr da seguinte forma.:

23 temas, 23 Historias, 23 semanas.


Durante 23 semanas, Miguel Gonçalves aka Angelus e Daniel Lopes aka GodsHand irão escrever 23 historias únicas sobre 23 temas diferentes sendo o desta semana sobre Miudos de rua. Podem encontrar a Historia do Miguel para este tema no Link do blogue Sob o Feitiço da Lua.


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bruxa fodida numa cruz invertida






Sentada no centro da praça da aldeia vou aguardando.

A noite cai negra como um manto da morte. Nem uma única estrela consigo decifrar neste céu. Seguro no gato e massajo-lhe o cachaço . O ronronar dele é o meu único amigo, hoje, mas também é todos os dias o meu maior inimigo. Visto-me de negro e serram os olhos enquanto passo. Tenho gatos e olham-me de lado. Não sou casada e amo quem não devo pelas leis das suas igrejas e a maldade deles para comigo aumenta. Mas, o pior de tudo, o que eles realmente mais odeiam é de eu ser nova e possuidora de alguma beleza. Pelo menos é o que a minha mãe dizia sempre antes de morrer.

A minha mãe... morreu velha na cama depois de ter sido nova e bela. Foi violada vezes sem conta em todas as treze guerras que este paìs sofreu. Já em velha e torta costumava gozar amargamente com os velhos tempos dizendo - "Cá para mim só faziam as guerra era para me foder!".
De tantas vezes que foi violada e abusada teve oito filhos, onde sete eram rapazes que tiveram os seus fins na margem do rio. Só eu fiquei. Uma rapariga.
"Só a ti eu deixei viver. Para continuares a carregar a minha dor. Para matares o meu inicio."


Desde que tenho idade para me lembrar, senti as suas mãos asperas e duras na minha face e no meu corpo, observando-me, cuidando de mim e da minha pele. Ensinou-me a aparentar mais beleza do que realmente tenho. Dava-me liquidos diferentes todos os dias para beber que me faziam doer o estomago e vomitar ao minimo esforço ou ao mais pequeno cheiro. - "Isto é para mais tarde. Para eles sofrerem o que eu sofri".

Na altura não percebia o porquê de ela me tratar assim ou o porquê de me dar aqueles liquidos todos, mas, o que realmente não percebia era o que ela queria de mim. Que tinha eu feito de mal para merecer aquelas tareias todas onde me batia ainda mais caso eu chorasse.


Mas o dia lá chegou. O dia em que percebi tudo.


Uma nova guerra. A terra tremia debaixo dos nossos pés. O barulho do metal contra metal e o rilinchar dos cavalos enquanto se aproximavam da nossa aldeia fazia os pássaros pararem de cantar. Os homens punham-se de joelhos e ofereciam a comida, o dinheiro ou mesmo os filhos e as filhas em troca de perdão e de misericordia, mas, mesmo assim alguns perdiam as cabeças para as encontrar novamente em espetos.
A minha mãe escondeu-me antes que eles me vissem e quizessem algo com uma rapariga de apenas nove anos. Homens... Cães...

Vi a minha mãe a ser violada e não conseguir satisfazer o soldado porque "Sua velha rançosa. Sua puta velha... ah... humm... não me metes piada nenhuma." Lembro-me de como ele pegou no cabo da espada e a magoou. De como lhe deu com ela na cara trinta e uma vezes para depois a violar com o próprio ferro. Quis sair do meu esconderijo. Quis matá-lo mas ela olhou para mim e os seus olhos mandaram-me estar quieta. Entretanto a guerra lá passou e a chuva lavou o sangue do chão e sarou lentamente a mulher que me deu á luz. - "Agora já percebes. Agora já percebes porque tens que matar o meu início." - O meu futuro já há muito estava deliniado.



Hoje, aguardo, nesta maldita aldeia com os seus homens e mulheres cheios de sujidade nas unhas e no corpo. Os seus dentes podres fazem sangrar as suas gengivas enquanto me chamam nomes nas ruas. Nesta terra onde a porcaria cresce de dia para dia que dá o nascimento de uma nova guerra. A guerra santa gritam eles. O único Deus numa espada para limpar a terra de seres malditos. De pecadores como eu.
Ao longe, no negro, vejo as chamas nas tochas a aproximarem-se e lentamente vou sentindo como anos antes a terra a tremer e o seu metal a rir-se. Ao chegarem á praça onde uma cruz de pedra se ergue com orgulho, todos os seus olhos estão postos em mim. Nova. Virgem. Pura. Mas, acima de tudo, uma bruxa como os aldeões me chamam. O banho com o líquido de cheiro a flores especiais que tomei hoje também ajuda a chamar a sua atenção. Vejo as suas salivas e as suas línguas a limpar os lábios cheios de terra ao olhar para mim. Mas, o capitão é o capitão, e ele sai do cavalo e caminha na minha direcção com a sua cruz vermelha bordada no seu manto branco. Olha e pega no meu cabelo cheirando-o. O orgulho que existe nos seus olhos é maior do que a sua barriga e o seu sorriso.


"É esta a bruxa de que vocês falam e choram de medo?" - grita ele para os aldeões que espreitam por entre janelas e portas.



Só consigo sorrir enquanto eles também se riem e gritam e me arrastam até ao descampado. O mais próximo que existe é claro, pois, a fome é grande de mais para ser contida por muito mais tempo. Sou despida à força pelas mãos do capitão enquanto os outros soldados uivam de prazer e de alegria. Os dentes podres crescem nas suas caras, assim como o músculo nas suas calças ao verem os meus seios expostos. Uma cruz é construída. Uma cruz invertida espetada na terra como me é digno de ter.



Invertida apenas para prender as minhas pernas afastadas em cada um dos braços da cruz. Isto não tem nenhum significado para eles. Apenas é mais fácil de me violar assim, enquanto desculpas se escondem na mente deles em nome da guerra santa. O capitão é o primeiro. Os risos. As palavras de vitória. As minhas mãos presas no poste principal da cruz cravam as unhas na madeira. Não gemo. Não falo, mas perco o sorriso. A minha mãe preparou-me bem, mas não tão bem assim. O capitão acaba, com a boca a babar-se nas minhas costas e a seguir a ele seguiu-se quem muito bem desejou.
A aldeia? Na aldeia as coisas não correram bem também.


"Seus pecadores. Pensam que eu não vos consigo cheirar, mas, eu consigo! Consigo cheirar o cheiro da bruxa em todos vocês." - Grita o Capitão.


Velhos morrem enquanto outros soldados bebem cerveja ao meu lado e me fodem ao seu belo prazer. Jovens rapazes, para os soldados que preferem algo diferente. No final, rapazes violados e chacinados com as gargantas cortadas, pois os mortos nada dizem. Mães e velhas atiradas aos cães. Aldeões. Vizinhos. Amigos. Bah, cuspo no vosso chão. Que ardam todos no inferno se ele existir como o vosso querido Deus diz que existe. Por todas as palavras, por todas as pedras, mas, acima de tudo, por nunca a terem ajudado.


A culpa reside neles e só neles.
Viva ao vosso Deus.


Os copos de cerveja batem uns nos outros durante o jantar, já depois de todo o sangue e sexo saciado. Consigo ver as suas sombras pelas janelas. Riem-se e comem. Canções e historias de outras guerras são cantadas. Para eles é como se apenas mais um dia se tratasse. De vez em quando, um dos soldados vem largar as águas e olha para mim aqui presa a sangrar e partida, onde esconde a vergonha por detrás de um sorriso maldoso e de uma palavra de insulto.


A noite vai acabando e aqui começa o fim do início da minha mãe. Agora é a minha vez de rir. O primeiro é o próprio capitão que cambaleia até cá fora com as mãos agarradas ao estomago e merda a sair da boca. Cai com os olhos a sair das órbitras ao tentar agarrar algum trago de ar. - "Morte a todos os cães do inferno"- digo eu a olhar para ele.

O dia começa a aparecer e sei que hoje é o meu último dia neste mundo. Que venha dai o próximo, pois este sempre me meteu nojo. Os soldados que me violaram, seguem-se ao Capitão. Os soldados com os seus olhos assustados pensam que é a comida e deitam-na fora. Mas não é a comida. Sou eu. É o meu interior. É o meu veneno. Perdidos, vão caindo como pardais. Alguns nem notam que morrem pois o vinho é tanto que nem voltam a acordar.

Contudo, um soldado, com uma espada na mão, que me culpa com razão pelo que está a acontecer tenta correr até mim passando por cima dos seus companheiros que vão morrendo lentamente no chão no meio da sua propria merda e porcaria. – “Bruxxaa...sua...tu...”- A dor que ele sente é demasiado, mas mesmo assim eu chamo por ele. Peço por ele. Insulto-o. O seu odio dá-lhe forças e finalmente consegue espetar a espada nas minhas costas que me fura de um lado ao outro. Engulo a minha última lufada de ar para saber que limpo este mundo de trinta e um demónios.


Cantem o meu nome de bruxa. Eu que vos matei a todos. Gritem o meu nome. Cantem o meu nome.






“I would have no compassion on the witches. I would burn them all.” Martin Luther





Texto por.: Daniel Lopes aka GodsHand
Imagem I por.: Desconhecido
Imagem II por.: Desconhecido. Tortura de Anna de Castro.




BTW.:

María Francisca Ana de Castro, chamada de La bella toledana (nascida a 1686, Toledo, Espanha, morrendo em 23 de Dezembro de 1736, Lima, Peru) era uma imigrante espanhola no Peru. Reconhecida pela sua beleza e charme. Foi presa em 1726 por ser uma praticante Judaica. Enganada pelo seu amante e presa durante 10 anos foi submetida a três grandes torturas acabando por morrer na estaca depois de um auto de fé. Na sua execução estavam mais de 10.000 espectadores que apoiaram até ao fim o castigo. Foi este evento que também levou ao inicio de rumores de irregularidades na inquisição.

Martin Luther (10 Novembro 1483 – 18 Fevereiro 1546) (algumas vezes conhecido como Saint Martin Luther) foi um padre alemão e professor de teologia que deu inicios á reforma Protestante.

domingo, 13 de junho de 2010

Domingos aos Sábados






Hoje tentei acordar num domingo mas não consegui. Continuo preso a um sábado com a mesma música dos MGMT a tocar na rádio. Este dia da semana que me marcou para sempre faz-me questionar o que era de mim sem ele. Os lençois agarrados ao meu corpo misturados com o suor da noite anterior. Tento e tento levantar-me mil e uma vezes sem conseguir. As luzes do quarto continuam a piscar. Mesmo com os olhos fechados elas piscam sem fim na minha mente. Dentro de mim até eu estar sentado no carro com as mãos no volante. O cheiro a carro novo. A velocidade no meu corpo que o faz vibrar. As luzes nos máximos na minha direcção. O som penetrante das buzinas. Passo a mão pela cara dela. O cheiro da borracha a queimar-se no asfalto com o sabor de pequenos vidros a entrarem-me na boca. Tinta a bater em tinta e depois tudo preto para nunca mais acordar num domingo. Preso neste sabado sem fim.




Texto por.: Daniel Lopes aka Godshand
Imagem por.: Imagem por desconhecido


BTW - Na União Europeia o número de vítimas das estradas continua a ser demasiado elevado: 1,3 milhões de acidentes rodoviários por ano que provocam 43 000 mortos e 1,7 milhões de feridos. Terá sido este o sonho para nós de Karl Benz?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

How to Destroy Angels EP - High Fidelity






Como destruir anjos sem mexer uma palha no meu estilo musical? Se eu fosse Trent Reznor fazia apenas um EP com a minha esposa onde a voz dela ia roçar o suspiro em todo o projecto abraçada a um som que é puramente a minha banda principal.

De facto dá logo para perceber que este projecto me desiludiu e bastante. Apesar de o estar a ouvir pela décima vez sei que é no mínimo parvo o que se fez aqui. Com um ambiente sonoro completamente Copy/Paste dos Nine Inch Nails chegam-me músicas ao ouvido em que nada de diferente me traz.

O que safa deste projecto é eu ser um fã de ferro de NIN e por isso aceitar as músicas, porque sons novos ou quase novos de Nine Inch Nails, perdão, de Trent Reznor são sempre bem-vindos.