
Genevieve... genevieve...
Genevieve sentiu um ligeiro arrepio na pele ao entrar no bar. A música alta ecoava na sua cabeça ao mesmo tempo que diferentes cheiros lhe entravam nas narinas. Suor, sexo, alcool e pele queimada de tatuagens feitas recentementes confundiam os seus sentidos. Ela observava os corpos que se mexiam e dançavam ao som da música. Via lentamente o suor humano a escorrer pelos corpos.
Como ela os admirava.
As paredes forradas com panfletos de bandas que actuaram naquele bar e velas já queimadas que deixavam a cera derretida completar o cenario.
Há mais de 680 invernos que ela têm 16 anos. Afastou o pensamento da sua fome e olhou para o grupo de músicos em cima do palco. A mulher na bateria, o guitarrista que não se importava do sangue que lhe saia dos dedos manchando a guitarra e salpicando a cara enquanto tocava.
Ela sorriu e sentiu-se em casa neste ambiente. Os tempos mudam mas o gosto pelo calor, pela paixão e pelo prazer não. Passou a lingua pelos dentes afiados ao olhar de cima a baixo o corpo de uma mulher que dançava suavemente junto a uma das paredes.
Aproximou-se dela e suspirou-lhe no ouvido, e um suspiro foi quanto bastou. A mulher seguiu-a automaticamente. Usava um top que deixava a barriga e os braços nús. umas calças de ganga rasgadas nos sitios certos e Genevieve admitia para si que a exitava só de pensar em arranhar aquelas tatuagens que ela com tanto orgulho mostrava.
A música subiu de volume. O ar abafado a todos cegou e a boca de Genevieve encheu-se de sangue.
Genevieve... genevieve... só matas o que consegues.
Texto por .: Daniel Lopes
texto em formato de vénia ao livro que ando a ler. Genevieve da Black Library.
A todos desejo um fabuloso Natal. Todos nós merecemos mais do que pensamos merecer.
Viva a Revolução!!
Aqui fica um audio para ouvir enquanto odeiam o texto. lol
http://www.youtube.com/watch?v=bQTkOP60bGg
Imagem .: Capa do livro original "Genevieve".